Um filme pode ser considerada incrível  por vários motivos, mas um dos elementos primordiais para uma produção  ficar marcado na memória de toda uma geração, são aquelas frases  ditas  na hora e no momento correto.
Abaixo tem um relação com 22 frases selecionadas pela revista SET, cada uma mais espetacular do que a outra. Divirta-se
OS INTOCÁVEIS – 1987
“QUANDO EU ABRIR ESTA PORTA, NÃO TEM MAIS VOLTA”
O mestre Jim Malone (um fantástico Sean  Conery) leva seu e tão aprendiz Eliot Ness (Kevin Costner) a conhecer o  verdadeiro mundo da contraversão, existente sob o nariz das autoridades,  e o que é preciso para combater o crime em Chicago. Com maestria de  montagem, música e posição de câmera (como na famosa cena da escadaria),  o grande Brian De Palma leva Ness e o espectador a descobrir um  admirável mundo novo do crime. A partir desta cena, a inocência está  perdida e Ness se torna a nêmesis de Al Capone (Robert de Niro).
DURO DE MATAR – 1988

“POR FAVOR, DEUS, NÃO ME DEIXE MORRER!”
John McClane (Bruce Willis), único policial em um edifício tomado por terroristas, sabe que o  telhado está cheio de explosivos. El faz os reféns saírem de lá, mas  encontra-se acuado por um helicópetero do FBI, que o confunde com um dos  vilões. Contando os segundos para a explosão, McClane faz a única coisa  que pode lhe salvar a vida: amarrar uma mangueira de incêndio na  cintura e salta, com o mundo se transformando em um inferno em suas  costas. Estava consagrado, assim, o maior filme de ação de todos os  tempos.
OS IMPERDOÁVEIS – 1993

“MERECER NÃO TEM NADA A VER COM ISSO”
Contratados para matar dois caubóis que  mutilaram uma prostituta, o trio liderado pelo matador aposentado Will  Muny (Clint Eastwood) tem dificuldades para realizar a missão, pois  sabem que matar não é tão simples. Mas ao perder seu antigo parceiro e  amigo Ned Logan (Morgan Freeman), Muny esquece tudo isso e protagoniza a  inesquecível cena final, um fantástico tiroteio no saloon da cidade,  matando friamente meia dúzia de oponentes, terminando com a execução do  xerife Little Daggett (Gene Hackman), usando o rifle de seu amigo Ned,  com um tiro no rosto à queima-roupa.
UMA CILADA PARA ROGER RABBIT – 1987

“P-P POR FAVOR, RAOUL. EU POSSO TE DAR ESTRELAS!”
Antes de Uma Cilada para Roger Rabbit,  animação e gente de verdade nunca dividiram o mesmo espaço com tanto  realismo e naturalidade. Isso fica claro logo em sua primeira sequência,  uma cena em que um atrapalhado Roger Rabbit tenta cuidar do bebê  Herman, causando confusões típicas de qualquer desenho pastelão. Eis que  alguém grita “corta!”, e o público é assombrado ao ver que o desenho  era na verdade um set de filmagem, e os personagens começam a interagir  com atores reais e forma jamais vista.
JURASSIC PARK – 1993

“BEM-VINDOS AO JURASSIC PARK!”
Não é só o dr. Alan Grant (Sam Neill)  que arregala os olhos ao ver dinossauros pela primeira vez. Excelente  condutor de emoções, Steven Spilberg brinca com a expectativa do  espectador, que naquele momento é tão criança e ansioso quanto o próprio  cientista ao ver pela primeira vez as criaturas, vivas – para a gente,  resultado de efeitos digitais perfeitos. O mundo ficou embasbacado, e  dinossauros de fato caminhavam sobre a terra mais uma vez.
O REI LEÃO – 1994

“PAPAI? LEVANTA, VOCÊ PRECISA LEVANTAR, A GENTE PRECISA IR PRA CASA…SOCORRO!, ALGUÉM …NÃO”
A Disney já tinha   traumatizado uma geração inteira com a morte da mãe de Bambi em 1942.  Mas O Rei Leão foi ainda mais incisivo, colocando o fim de Mufasa, o  imponente pai de Simba, em uma sequência já histórica por seu triunfo  tecnológico: o estouro da manada de gnus. O que começa com uma festa  para os olhos termina com o pequeno Simba encontrando o corpo inerte de  seu pai, marcando o início de sua complicada vida adulta.
T2 – 1991

“HASTA LA VISTA, BABY”
Essa frase curta e ímpar foi tão  impactante no inconsciente coletivo do cinéfilo – ao de “Eu voltarei” –  que se tornou impossível dissociá-lo tanto da franquia O Exterminador do  Futuro quanto da própria vida de Arnold Schwarzenegger. O atual  governador da Califórnia já foi flagrado usando o jargão em resposta a  repórteres. E para todos os seres humanos, o curto e grosso da  exclamação passou a fazer parte do vocabulário cotidiano. Quem já não  falou ao menos um Hasta la vista, baby! na vida que atire no primeiro  andróide! No caso do T-800 , foi o epitáfio de seu inimigo, o T-100, seu  metal líquido congelado por nitrogênio líquido e estilhaçado por uma  bala. Não era o fim, mas já estavamos na ponta da poltrona há tempos…
PULP FICTION – 1994

“QUE DROGA, EU ATIREI NA CARA DO MARVIN”
É, todo mundo lembra de John Travolta  dançando com Uma Thurman em Pulp Fiction. Não é difícil apostar que  muitos saibam diálogos inteiros de cor. Mas, dentro da narrativa  descontinuada de Tarantino, uma cena é crucial por seu impacto: Vicent  Vega (Travolta) e Jules Winnfield (Samuel L. Jackson) levam um  informante no banco de trás do carro – Marvin, vivido por Phil Lamarr –  quando a arma de Vega dispara por acidente, estilhaça o crânio do pobre  Marvin. A reação de Vicent é acompanhada do çado de cá da tela:surpresa,  asco e a sensação de que tudo, mas tudo mesmo, pode acontecer.
UM SONHO DE LIBERDADE – 1994

“UMA MALDITA CONSPIRAÇÃO! E TODO MUNDO É PARTE, INCLUSIVE ELA!”
Esta que permanece até hoje como uma das  melhores adaptações de um texto de Stephen King (e uma das poucas a não  namorar o sobrenaturas) tem por gancho, como de hábito uma  revelação-surpresa. Quando Norton (Bob Gunton), o diretor do presídio de  Shawshank, descobre que o belíssimo pôster da atriz Rita Hayworth  posando como Gilda, que decorava uma das celas, tinha uma razão muito  especial de ser, o espectador se sente vigiado e redimido, como fecho de  uma trama que como veu plateias (e a indústria) e as levou a elegê-lo  como cult.
TOY STORY – 1995

“ISSO NÃO É VOAR, É PLANAR COM ESTILO”
Depois de pura aventura de uma cena de  perseguição e resgate, o astronauta Buzz Lightyear salva Woody e revela  ao brinquedo o prazer de soltar das amarras do chão. E com estilo! Com  esta cena, a Pixar prenunciou o império que conquistária na indústria de  entreternimento ao unir excelente animação com roteiro ágil e de bns  diálogos e personagens inesquecíveis. Além de alimentar a amigável  competição entre os dois bonecos, imediatamente aceitos pelo grande  público. Aproveite agora este “planar com estilo” com o relançamento do  filme no Brasil, pela primeira vez aqui em 3D.
CORAÇÃO VALENTE – 1995

“ELES PODEM TIRAR NOSSAS VIDAS, MAS NUNCA VÃO TIRAR… NOSSA LIBERDADE!”
Que 300, Tróia ou Senhor dos Anéis, que  nada! O principal chamado de guerra dos últimos 22 anos é o discurso  enfático que William Wallace (Mel Gibson) desfila, no século 13. para  unir os ânimos dos povo escocês contra o jugo dos ingleses dominadores.  Gibson exercitou aqui sua figura egocênctrica de liderança e fez cinemão  com apoio na historia e em cinco Oscar conquistados. Esta cena  praticamente justifica o épico e conquistou o público.
OS SUSPEITOS – 1995

“O MAIOR TRUQUE QUE O DIABO CONSEGUIU FOI CONVENCER A HUMANIDADE DE QUE ELE NÃO EXISTE”
Há ainda quem não assistiu Os Suspeitos?  A identidade de Keyser Sonze ainda é desconhecida por alguém? Pelo sim,  pelo não e sem dar nomes, essa frase lapidar conclui com chave de ouro o  roteiro impecável de Christopher McQarrie, que colocou na roda quente  de Hollywood o nome do diretor Brian SInger. Instigante quebra-cabeça, a  revelação de quem é o assassino nesta trama tem o choque semelhante à  descoberta do próprio demo entre nós. O perigo pode ser o vizinho.
FOGO CONTRA FOGO – 1995

“EU NÃO SEI FAZER OUTRA COISA.” “NEM EU”
Na lardeado primeiro encontro dos  monstros consagrados Al Pacino e Robert de Niro num único filme, no  confronto-clímax do policial dirigido por Michael Mann, os oponentes na  lei descobrem-se muito mais próximos do que os dois de fato gostariam de  se, Pacino pelo lado da justiça, e De Niro pelo da contraverção, ambos  cara a cara, eles fazem da vida exatamente o que sabem fazer – só que em  lados opostos. Nesta rápida passagem, o mestre Mann sintetiza todo o  universo ético e de tensão de seu grande filme.
JERRY MAGUIRE – 1996

“VOCÊ ME GANHOU NO OLÁ”
O diretor e roterista Cameron Crowe  gabhou a simpatia do público quando o agente esportistaJerry Maguire  (Tom Cruise), em sua epifania ética com vocação de Dvi contra Goloas,  arrebatou para seu lado Doroty Boyd (Renée Zellweger) secretária de  início furiosa com a demissão de Jerry e depois simpática a nova jornada  profissional deste. Comprovando boa química tanto entre os personagens  quanto, claro, os atores que os encarnam, a bcena em que ele tenta (e  consegue) reconquistá-la arrancou um sorriso pré-romântico em meio  mundo.
GÊNIO INDOMÁVEL – 1997

“NÃO É CULPA SUA”
Em autêntico fell-good movie, o roteiro  de Matt Damon e Ben Affleck provoca a catarse que qualquer paciente de  sessões de análise gostaria de experimentar quando toda carga emocional e  psicoçógica sufocada por anos explode numa única manifestação – no  caso, o choro quase compulsivo que Will Hunting (Damon) compartilha nos  ombros do amigo e “psicanalista informal” Sean Maguire (Robin Willians”.  Esta cena ajudou o filme rumo ao oscar de roteiro original e ator  coadjuvante.
O RESGATE DO SOLDADO RYAN – 1998

“NÃO DEIXE ENTRAR AREIA EM SUAS ARMAS. VEJO VOCÊS NA PRAIA”
O desembarque aliado nas prais da  Normandia j´foi retratado diversas vezes no cinema, mas nunca com o  realismo e a frieza da sequência de abertura de O Resgate do Soldado  Ryan. O medo e a tensão dos soldados dentro dos botes, a caminho  inevitável fogo inimigo, se espalha pela platéia, que chega a desejar  que as portas da embarcação nunca se abram. A batalha na praia, mostrado  com os detalhes e a crueldade que o cinema sempre escondeu, entrou para  a história.
MATRIX – 1999

“ELE É O ESCOLHIDO!”
Neo (Keanu Reeves) e Trinity  (Carrie-Anne Moss) invadem o prédio onde Morpheus (Laurenece Fishburne)  está preso. A dupla avnla pelo saguão disparando contra policiais. Não  bastante, é logo depois que Neo se conecta definitivamente à Matrix ao  resgatar Morpheus e enfrentar o agente Smith (Hugo Weaving). A cena de  Neo desviando de balas se tornou símbolo, virou referência e sinônimo de  efeito bullet-time. Mas de nada se compara ao resgate de Trinity,  despencando de um helicóptero que explode em chamas nas paredes de um  edifício. É quando o “operador” Tank (MArcus Chong) – e, po tabela,  todos nós – nos convencemos de que Neo é realmente o escolhido.
O SEXTO SENTIDO – 1999

“EU NÃO DEIXEI VOCÊ”
Obra máxima de M. Night Shyamalan, O  sexto Sentido teve uma peculiar campanha demarketing, espelhada no  trabalho de divulgação feito várias vezes pelo mestre Hitchcock, que  pedia para ninguém revelar o desfecho do filme. E é apenas emsua cena  final que a platéia descobre, com o queixo no chão, o que estava na sua  frente pelas últimas duas horas, Após ajudar o pequeno Cole Sear  (brilhantemente vivido por Haley Joel Osmet) com suas visões dos mortos,  o psicólogo infantil Malcon Crowe (Bruce Willis) finalmente percebe –  ao mesmo tempo a atônita plateia – que ele também era um deles.
O SENHOR DOS ANÉIS, A SOCIEDADE DO ANEL – 2001

“VOCÊ NÃO VAI PASSAR”
Após descobrir que os anões que  habitavam as minas de Moria foram massacrados, a Sociedade do Anel tem o  seu primeiro encontro com os Orcs, e precisa fugir por um desfiladeiro  estreito. O combate culmina com o grupo encurralado por um gigantesco  balrog, um colosso feito de enxofre. Para garantir a segurança de Frodo  (Elijah Wood) e seus companheiros, Gandalf (Ian McKellen) fica para trás  e encara o monstro sozinho, destruindo a ponte em que ambos se  equilibram, sendo arrastado pela besta rumo ao abismo sem fim. A “morte”  de Gandalf reflete a habilidade do diretor Peter JAckson em conjugar o  espetáculo sem deixar de lado a criação de personagens que aprendemos a  nos importar.
CIDADE DE DEUS – 2002

“DADINHO É O CARALHO…”
Faz muito tempo que o cinema brasileiro  não tem um contato constante e íntimo com o espectador, a ponto de virar  tema e/ou jargão aplicado em conversas. Mas a exclamação de fúria do  personagem interpretado por Leando Firmino, que afirma que seu nome  agora é Zé Pequeno, caiu nas graças do povo e, sete anos depois, foi até  aplicada em recente campanha publicitária. Proca cabal que essa frase  chegou pra ficar, e de que Cidade de Deus é o filme brasileiro de maior  repercussão internacional.
SANGUE NEGRO – 2007

“EU BEBO SEU MILK-SHAKE!”
Dá muito medo o Daniel Plainview  personificado com som e fúria por Danile Day Lewis no clássico moderno  de Paul Thomas Anderson. Anti-herói feito com o próprio sangue e suor,  altivo, macho e obcecado. o cético Plainview alimento por anos a sua  rivalidade com o jovem reverendo Sunday (PAul DAno), até essa pendência  ser resolvida cena violenta física e psicologicamente. Com a frase,  Plainview parece afirmar que enquanto Sunday vinha com a farinha, ele já  voltava co a torta pronta (ou milk-shake, o que for). Das mais  estupendas cenas desta época.
BATMAN, O CAVALEIRO DAS TREVAS – 2008

“VOCÊ ME COMPLETA”
E eles não são mesmo duas faces da mesma  moeda? Todo e qualquer fã do justiceiro das trevas já sabbia disso, mas  a constatação de que Batman (christian Bale) e Corinha (Heath Ledger)  são frutos de uma mesma situação ganha uma dimensão trágica muito maior  nesta cena, em que o vilão confronta o seu nêmesisde orelhas pontudas em  um discurso que mistura insanidade, lucidez, admiração e até certo  carinho. Primeiro, porque a interpretação sibilada de Ledger é coisa de  outro mundo: e depois, porque esta cena foi vista pelos mortais quando  Ledger também já era coisa de outro mundo. A realidade e a fabtasia às  vezes se comunicam de forma que nem nossa vã filosofia pode prever.
(FONTE: REVISTA SET / ED.266 / NOVEMBRO DE 2009)










